Feita a chamada no grupo Caiaque Aventura Recife, poucas pessoas se habilitaram a remar neste dia.
O complexo Portuário de Suape é bonito demais para se praticar a canoagem, devido ao extenso estuário ali existente, formado pelos rios Tatuoca e Massangana, e como em lugar como e
ste, cheio de recortes e canais, é muito fácil de se perder, é sempre bom ir acompanhado com alguém que conheça bem o local.
Apenas dois barcos, o meu e o de Sérgio Cabral (um xará), acompanhado de sua namorada Cláudia. Chegamos ao Bar do Doido no horário exato de remar, a maré ainda subia com certa força, tínhamos que nos apressar, mais uma hora e meia, a maré virava, ou seja, a correnteza mudava de sentido.
Paramos aí um pouco para descansar, parada técnica na rampa por onde desciam tais embarcações, local abandonado em que só um vigia ainda toma conta das antigas instalações.
A partir deste ponto resolvemos retornar, o tempo mudou e o calor nos castigava um pouco.
Contato puro com a natureza, ouvindo o som dos aves que vivem por ali, e assistindo aos peixes uma vez ou outra pularem à nossa frente: praticar canoagem em local como este é um presente raro!
A esta hora a maré já começava a baixar e sem nenhuma dúvida a corrente nos puxava de volta. Quando remamos em rios é sempre bom lembrar que a hora da maré é diferente a do mar, dependendo da distância da foz do rio, o calculo pode chegar até 1 horas mais tarde.
Pegamos um estreito canal entre o manguezal, por trás da grande ilha que contornamos na ida. Só dava para passar um caiaque por vez, deixando nosso passeio bem mais emocionante, as garças brancas, socós, maçaricos, bem pertinho da gente, talvez por estarmos mais próximo às margens.
Ao sairmos do tal estreito, chegamos novamente ao Rio Massangana, procurando nas margens um local para descansar e esticar um pouco as nossas pernas.
Local escolhido a dedo, pois havia um banco de areia formado no meio do rio, o que tornava fantástico o local, lindo de se ver, apesar da tristeza devida à ininterrupta construção do porto, que deixa perceber - nos aterros - o barro que escorre da chuva e cobre toda a superfície da lama.
Desfrutando do bom banho de água morna e limpinha, relaxando e comentando sobre o belo dia de remada que foi, estávamos próximo de nossa chegada.

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