14 de fevereiro de 2015 - De Paulo Afonso ao Restaurante Castanho - 42 km
Eu não fazia ideia do quanto eu estava levando de bagagem e como iria arrumar tudo no meu caiaque: 3 garrafas de água mineral, abacaxi, laranjas, maçãs, uvas, biscoito, barrinha de cereais, fogareiro, gás reserva, panela, louça, tudo que necessitamos numa viagem como esta.
A maratona iniciou, carregamos os caiaques para beira do rio e os abastecemos com nossos mantimentos. Depois dos barcos arrumados era hora de descermos ao rio. Amarrados com cordas, íamos um a um, a imagem era bonita demais, cada um aguardando a sua vez. Imaginem só, tirar do carro toda sua bagagem da viagem, tirar o barco do reboque, alguém te ajudar a levar até o local de desembarque, colocar as coisas dentro do caiaque e depois ainda precisar de mais 3 pessoas para descer teu barco do pier para água? Repetimos este processo 11 vezes, haviam 3 barcos duplos, mais peso, não tinha como não ser assim, mas deu tudo certo, quase 3 horas para ficarmos prontos para partir, e assim se deu.
Teve uma coisa que fiquei muito triste ao chegar no local próximo do desembarque, cheiro muito forte, esgoto correndo a céu aberto, é simplesmente inacreditável ver aquela cena. Não fotografei, melhor assim, esgoto sendo jogado sem nenhum tratamento, é de doer a alma.
Depois de remar aproximadamente 20 km, resolvemos dar uma parada para hidratação e alimentação próximo a um local de criação de tilápias em viveiros. Muita gente que morava pela redondeza passava o dia cuidando dos viveiros e alimentando os peixes. A parada foi boa, com direito a prainha e tudo.
Durante a expedição, o nosso amigo Madruga resolveu fazer o trajeto de Jet Ski para acompanhar a gente por onde passávamos afim de prestar apoio em caso de emergência. Após a saída de Paulo Afonso o Madruga já foi de carro ao local onde iríamos dormir, Restaurante do Castanho. Deixou o carro, colocou o jet na água e foi subindo o Cânion de encontro a nós, e, por coincidência, nos encontramos na divisa dos 3 estados, Bahia, Alagoas e Sergipe, onde existe uma pequena ilha no meio do rio conhecida como, nada mais apropriado, Ilha de Ninguém. Foi uma festa encontrar um jet no meio do nada.
Chegamos no restaurante já era noite. Cansado, com fome de comida de panela, uma bela macarronada caiu bem, muito carboidrato para prosseguir no dia seguinte.
Nosso trajeto do dia. |
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